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Mudanças, até onde é bom?

Hoje em dia, todos falam sobre mundaças. Como é bom mudar, que mudar faz bem pois mexe nas energias e tira a poeira, que precisamos ser flexíveis a todo momento e a todo instante...

Jogo a questão no ar... até onde é bom mudar?

Mexer em algo que está parado há muito tempo, traz conseqüências, boas ou ruins, pois nunca sabemos o resultado deste movimento. Mudar o que não está bom é um bom começo, e mudar o que está bom? Ferir a expressão: "Em time que está ganhando não se mexe?" É bom também? Mudar para melhor? Mudar e piorar e depois se arrepender...? Tudo tem uma conseqüência, um resultado, um preço a pagar.

As mudanças podem ser internas e externas. Uma simples mudança no guarda-roupa pode gerar grandes resultados, é uma mudança externa com resultado interno. Toda mudança gera uma resposta, um aprendizado, um destino. Agora, a pergunta que não quer calar: até onde é bom?

No momento da mudança, seu corpo, sua atenção, sua vida sai da sintonia anterior e fica um turbilhão, mexer no que estava parado levanta poeira e tudo vem a tona. Até encontrar o estágio de serenidade leva um tempo. Imagine um lago sereno refletindo o reflexo da lua, se uma criança jogar uma pedrinha neste lago, o mesmo ficará turvo e levará um tempo até ficar sereno de novo. Com um detalhe, agora tem uma pedrinha a mais neste lago. O que mudou? Entende onde quero chegar? Até onde essas mudanças farão diferença na sua vida e até onde foi preciso essa movimentação? Nem todas mudanças são necessárias, criar raízes também é bom. Ter sossego e PAZ... primordial.

Pessoas que mudam constantemente, que a todo momento querem fazer uma mudança em qualquer quesito de sua vida... nem sempre é positivo, pode mostrar uma tendência a insatisfação pessoal. Em vez de ficar mudando a todo momento, de estado civil, de humor, de casa, de cabelo, de idéia, de namorado(a)... que tal começar a mudar internamente? O sentir-se pleno, de bem consigo mesmo não gera tantas mudanças. Analise antes de dar o primeiro passo, principalmente se for na impulsividade. Aliás a ação impulsiva já demonstra o desequilíbrio pessoal.

O próprio compromisso é uma forma de mudar a sua vida de um jeito benéfico, comprometer-se é dizer para si que não quer mudar de parceiro(a), que sente-se pleno pelo relacionamento em que vive. É mudar para não mudar mais, pelo menos até enquanto o relacionamento durar, mas é um acordo que você faz com a sua alma, o coração e com a sua mente e é claro com a pessoa que está contigo.

Tudo tem um limite, até para as mudanças. Pois tem momentos em que é preciso mudar, mudar hábitos como fumar, pois quer ser mãe; mudar de cidade, pois o marido foi promovido; mudar de casa, pois fará uma reforma na casa atual; mudar de estado civil, porque vai CASAR! São mudanças benéficas, que terão seus resultados, mas suas raízes, valores e sentimentos continuam ali. Por outro lado, ficar na letargia vivendo a mesmice de sempre e ser infeliz, ficar ruminando a decepção com o ser humano, querer uma vida de volta que não pode ter mais e culpar os outros, é complexo de vítima e falta de vergonha na cara.

Se é preciso mudar, que mude consciente do que está fazendo e pronto para pagar o preço. Se quer ficar do jeito que está, fique consciente do que está fazendo e pronto para pagar o preço. Viu como as mudanças dos fatores não alteram o resultado?

Tenha bom senso para mudar quando for preciso e bom senso para ficar na sua quando é para estar mesmo e sempre manter-se sereno, em paz e com muita harmonia.

Yogui Bhajan disse: "Seu lar é o seu coração, por isso estará bem em qualquer lugar."

Aqui relata um ser que desde 2001, em São Paulo, já mudou 7 vezes de residência e agora quer paz.

Namastê

Comentários

Débora Rubin disse…
Isso aí, Santa Rita! Vc fala com conhecimento de causa. Afinal, não foram só mudanças de casa né? Vc promoveu uma mega mudança de profissão tb, mudou o rumo sem perder o prumo!
São mudanças e mudanças. Como vc disse, algumas necessárias, outras não.
Escreve maaaaaaais! rs
beijocas

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